O que é a Hipertensão Arterial?
Hipertensão arterial ou pressão arterial elevada traduz um aumento da força exercida pelo fluxo sanguíneo contra a parede das artérias.
Quando se faz a medição, valores de pressão sistólica (“máxima”) superiores a 140 mmHg e de pressão diastólica (“mínima”) superiores a 90 mmHg são considerados anormais.
A Hipertensão Arterial é frequente?
A hipertensão arterial é uma doença muito frequente em todo o mundo e Portugal não é excepção. Num estudo realizado no nosso país em 2003, concluiu-se que cerca de 42% da população adulta apresentava Hipertensão Arterial. Paradoxalmente, neste mesmo estudo mais de metade dos hipertensos desconhecia que apresentava a doença.
Existem situações em que o risco de desenvolver Hipertensão Arterial é maior?
Qualquer pessoa pode vir a desenvolver hipertensão arterial independentemente da idade, sexo, grupo racial ou constituição física, contudo existem algumas situações que predispõem a maior risco, nomeadamente:
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Idade;
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Ascendência africana;
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História familiar de Hipertensão Arterial;
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Excesso de peso ou obesidade;
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Sedentarismo;
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Tabagismo;
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Consumo excessivo de sal na dieta;
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Consumo diminuído de potássio e vitamina D na dieta;
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Alcoolismo;
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Stress;
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Algumas doenças crónicas como a Diabetes mellitus, a hipercolesterolémia (colesterol elevado no sangue), a hiperuricémia (ácido úrico elevado no sangue), a Doença Renal Crónica, entre outras.
Quais são as causas de Hipertensão Arterial?
A hipertensão arterial é uma doença muito frequente em todo o mundo e Portugal não é excepção. Num estudo realizado no nosso país em 2003, concluiu-se que cerca de 42% da população adulta apresentava Hipertensão Arterial. Paradoxalmente, neste mesmo estudo mais de metade dos hipertensos desconhecia que apresentava a doença.
Quais são os sintomas de Hipertensão Arterial?
É muitas vezes apelidada de “doença silenciosa” porque nas fases iniciais os sintomas encontram-se ausentes ou são muito ligeiros (dor de cabeça, tonturas, sangrar pelo nariz mais frequentemente).
Como é que se trata a Hipertensão Arterial?
O tratamento da hipertensão baseia-se numa estratégia integrada e personalizada que inclui modificação do estilo de vida, tratamento com fármacos, e prevenção de lesão em órgãos alvo, nomeadamente no rim.
Qual a vantagem de ser o Nefrologista a tratar a Hipertensão Arterial?
Sendo a Hipertensão arterial uma das principais causas de doença renal crónica e das que mais tem contribuído para o aumento do número de doentes em diálise em Portugal, é fundamental a avaliação periódica do doente hipertenso por um especialista em Nefrologia.
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Licenciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, em 1997.
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Especialidade de Nefrologia de 2000 a 2004, com estágios no Hospital de Faro, no Hospital de Santa Maria, no Hospital de São José e no Hospital de Curry Cabral em Lisboa.
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Assistente Hospitalar de Nefrologia no Hospital de Faro entre 2005 e 2012.
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Médica Residente e subsequentemente Nefrologista desde 2004 até à actualidade no centro de hemodiálise de Faro (NephroCare-Fresenius Medical Care).
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Experiência de colaboração em diversos hospitais e clínicas privados.
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Experiência como investigadora em vários estudos multicêntricos.
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Autora e co-autora de várias publicações na área da Hipertensão Arterial, Risco Cardiovascular, Diabetes mellitus e Doença Renal Crónica em revistas científicas nacionais e estrangeiras.
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Interesse particular em Hipertensão Arterial, Risco Cardiovascular, Diabetes mellitus, Síndroma Metabólica, Litíase Renal, Doença Renal Crónica e Hemodiálise.
Quais são as consequências da Hipertensão Arterial?
Quando não diagnosticada e controlada a hipertensão arterial vai-se agravando e pode atingir quase todos os órgãos (“órgãos alvo”) e sistemas do corpo humano com consequências nefastas para o indivíduo.
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Nas artérias de todo o corpo causa aceleração do processo aterosclerótico que ocorre normalmente com a idade, o que, por sua vez, contribui para um agravamento da própria hipertensão.
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No coração causa inicialmente espessamento das paredes do mesmo e mais tarde dilatação das suas cavidades o que clinicamente se traduz por angina de peito e insuficiência cardíaca.
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No rim o atingimento das pequenas artérias leva à perda da função de filtração e ao aparecimento de insuficiência renal que quando não identificada pode levar à necessidade de realização de hemodiálise.
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No cérebro pode levar ao aparecimento de acidentes vasculares cerebrais (“trombose”) ou ao estabelecimento precoce duma demência.
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No olho, o atingimento das pequenas artérias da retina pode levar ao aparecimento de vários tipos de doença ocular que de uma forma geral se traduzem por perda da acuidade visual (“cegueira”).
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Síndroma Metabólica. Esta síndroma é causada por um conjunto e alterações do metabolismo - incluíndo aumento do perímetro da cintura, elevação dos triglicéridos e das LDL, diminuição das HDL (o chamado “bom” colesterol) elevação da pressão arterial e níveis aumentados de insulina no sangue. Se uma pessoa apresenta Hipertensão Arterial tem maior probabilidade de desenvolver os outros componentes da síndroma. Quantos mais componentes do síndroma apresentar maior o risco de desenvolver Doença Renal Crónica, ter um enfarte agudo do miocárdio ou um acidente vascular Cerebral (“trombose”).